sábado, 25 de fevereiro de 2012

Mais sobre prestação e inflação

Pequena conta pós-carnaval, continuação deste post.

Conforme mostrado no post, a prestação em 30 anos cai 8,83% a.a. em termos reais, o que dá 38% em 5 anos.

Ou seja, uma parcela que começou em 30% do salário, em apenas 5 anos já está em cerca de 19%...
E 12% em 10 anos...

O diabo não é tão feio quanto se pinta.

Isso mostra que a compra de imóvel há uns 2-3 anos atrás foi numa condição rara, preços (ainda) baixos, uma economia em boa saúde, salários relativamente altos e desemprego baixo, e o melhor de tudo uma TR baixinha nesse período fazendo a prestação derreter que nem gelo no sol,

Obs.: desemprego e/ou aumento repentino da TR fazem um estrago nesse cenário. Reajuste salarial acima da inflação melhora.

Abs

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Arrecadação de ITBI no Rio mostra aumento de 19% em 2011

Continuação deste post, agora com dados de todo o ano de 2011:


Infelizmente é um dado "bruto", somente o total de arrecadação no município, não fala em quantidade de transações, e muito menos a estratificação por regiões administrativas ou bairros, o que é um absurdo, dado que é um dinheiro que sai do bolso do contribuinte, que tem o direito de ter acesso a esse tipo de informação.

Sem isso tudo vira achismo, não dá pra saber se os negócios "migraram" pra bairros mais baratos, pra imóveis menores, etc.

Abs

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Prestação vs inflação



Na falta de assunto, uma continha:

A prestação de imóvel (SAC) cai o equivalente a 1/n por mês, onde n = numero de meses.

Logo, cai 1/360 por mês, e 1/30 por ano, ou seja 3,33%. A TR puxa pra cima cerca de 1% por ano (ultimamente, nada garante que vá continuar assim ad eternum...).

No final das contas a prestação cai 2,33% a.a., enquanto a inflação foi 6,5%, o dissídio em média mais do que isso, o que dá em termos reais uma prestação 8,83% "mais leve" por ano, ou mais.

E os aluguéis? Bem, +19,9% em 12 meses falam por si só...

É, parece que a tal da "maldição" do financiamento não é tão ruim assim, vista por esse ângulo.

Abs

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Valor: FIIs balanço de 2011

http://www.almeidabugelli.com/clipping/?p=9200

Por Luciana Monteiro | De São Paulo| Valor Econômico
Pode-se dizer que 2011 foi um ano em que os fundos imobiliários se consolidaram como uma alternativa de investimento. Os números mostram que, no ano passado, essas carteiras movimentaram R$ 912,46 milhões na bolsa – crescimento de 140% ante o volume de R$ 379,09 milhões registrado em 2010. O total de negócios também cresceu exponencialmente: foram 77.075 transações na bolsa em 2011 para 24.983 negócios em 2010, alta de 208%. O ano de 2011 encerrou com 66 fundos imobiliários registrados e autorizados a negociação nos mercados de bolsa e balcão da BM&FBovespa.
Ao se observar a rentabilidade dessas carteiras no ano passado, vê-se que muitos investidores têm motivos para comemorar. Levantamento da Uqbar Educação & Informação Financeira mostra que há casos de carteiras com retorno acima de 50% – considerando-se a valorização da cota na bolsa e retornos mensais distribuídos aos investidores. Mas atenção: caso o investidor decida comprar agora a cota, terá um retorno proporcionalmente menor, já que terá adquirido a cota por um valor mais alto.
Os ganhos, em média, superam a passos largos a variação de 11,60% do CDI no período, enquanto o Ibovespa teve queda de 18,11%. Vale ressaltar que o estudo considera apenas os portfólios com histórico completo em 2011, ou seja, desconsidera o desempenho dos fundos lançados durante o ano passado.
Ao observar o retorno das carteiras, entretanto, fica evidente que o investidor deve ficar bastante atento ao tipo de fundo na qual aplica, já que há casos de perdas superiores a 38% no ano (ver reportagem abaixo). Nesse caso, são normalmente portfólios que distribuíram ganhos mais modestos aos cotistas e, com isso, tiveram desvalorização de suas cotas em bolsa.
Entre os campeões de rentabilidade, há fundos dos mais diversos tipos – aqueles que investem em escritórios, flats, shoppings ou apenas em papéis imobiliários. No topo da lista entre os mais rentáveis, com 57,46% de ganho, aparece o fundo BB Progressivo. Administrado pela Caixa Econômica Federal (CEF), trata-se de uma carteira que aplica em dois prédios nos quais funcionam o Banco do Brasil, um em Brasília e outro no Rio. “E essas são duas praças em que ocorrem atualmente grandes valorizações dos imóveis comerciais”, avalia Vitor Hugo dos Santos Pinto, gerente nacional de fundos para o setor imobiliário da Caixa.
Para o executivo, a valorização da cota no mercado secundário mostra que o investidor é capaz de identificar a aplicação na qual o locatário tem baixo risco de crédito. Segundo Santos Pinto, no ano passado, houve renegociação de contratos e o reajuste foi, em média, de 30% no valor dos aluguéis.
O retorno médio dos fundos imobiliários, de 13%, obtido em 2011 supera o CDI, mas está abaixo do ganho médio de 20% registrado no ano anterior, ressalta Pedro Junqueira, sócio da Uqbar Educação & Informação Financeira. Isso é uma indicação de tendência desse mercado, de retornos talvez não tão altos, visto que há uma desaceleração no mercado imobiliário, avalia o executivo. Houve, no entanto, sinais claros de aumento de liquidez em 2011 e mais de 20 fundos foram lançados.
E a perspectiva é bastante favorável para o setor. A queda da taxa básica de juros favorece a captação em fundos imobiliários, diz Santos Pinto, da Caixa. “Vemos também um amadurecimento dos investidores de varejo e institucionais na aplicação em fundos em relação à aquisição direta de um imóvel, já que as vantagens dos fundos estão mais evidentes”, afirma o executivo, lembrando a isenção de imposto de renda sobre os ganhos e a exigência de tíquetes menores.
Com retorno de 46,5%, o fundo Hotel Maxinvest é uma carteira formada por flats e que aproveitou o aquecimento do setor no ano passado para realizar alguns desinvestimentos, conta Vítor Bidetti, diretor da Brazilian Mortgages, líder no segmento de fundos imobiliários. Lançado em 2008, o fundo começou a comprar flats justamente num momento em que havia uma superoferta e os preços tinham despencado. “Com a economia crescendo, a recuperação do setor viria e agora vendemos justamente no momento de alta”, afirma.
Outras carteiras a trazer alegrias aos investidores foram a Edifício Almirante Barroso, com retorno de 38,5% em 2011, e a Torre Almirante, com rentabilidade de 31,6%, segundo os dados da Uqbar. No primeiro caso, trata-se de um fundo que abriga a sede da CEF no Rio. No segundo, está um dos prédios que abrigam a Petrobras, também na capital carioca. “Os investidores deram um prêmio adicional às duas carteiras por conta da qualidade dos inquilinos e pela escassez elevada de imóveis no Rio”, avalia Bidetti.
Já o Brazilian Capital Real Estate Fund I – que encerrou 2011 com rentabilidade de 33,9% – mantém em carteira 13 prédios de escritório. O regulamento da carteira prevê a retenção de parte dos recursos para futuras aquisições. Em dezembro do ano passado, entretanto, o fundo aprovou em assembleia o aumento da distribuição de rendimentos, que passou de 8% ao ano sobre o valor de emissão da cota para 10% ao ano, a serem pagos partir de janeiro deste ano. A previsão inicial do fundo era atingir essa distribuição em 2014. O fundo mantém a meta de retorno de 15% ao ano a partir de 2015.
A percepção de baixo risco do locatário também trouxe ganhos extras ao fundo Caixa Cedae, avalia Santos Pinto, da CEF. Lançado em março de 2010, a carteira teve como objetivo levantar recursos para viabilizar a construção de um edifício na cidade do Rio para posterior locação para a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) pelo prazo de dez anos.
Outra carteira com retorno acima de 29% é a Excellence, primeiro portfólio lançado composto por Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). Para Bidetti, da Brazilian Mortgages, o mercado de fundos de CRIs deverá crescer em 2012. “Cada vez mais, a caderneta de poupança caminha para um esgotamento [para o financiamento de empreendimentos imobiliários]“, diz. “E o sucessor natural está justamente na securitização, portanto, haverá mais volume de CRIs e, consequentemente, de fundos que aplicam nesses papéis.”
Um exemplo desse interesse está justamente na Santander Asset Management. Na semana passada, Luciane Ribeiro, diretora-executiva da gestora, informou que pretender entrar na área de fundos imobiliários neste ano. Segundo ela, a carteira deverá ser composta por títulos como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI). Inicialmente, a ideia é distribuir o fundo entre os investidores de alta renda do segmento private. O portfólio deverá captar entre R$ 100 milhões e R$ 150 milhões.
Dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) mostram que, no ano passado, as ofertas registradas de cotas de fundos imobiliários somaram R$ 7,6 bilhões. O total é inferior aos R$ 9,8 bilhões de 2010 – embora muitas ofertas tenham sido registradas naquele ano, algumas não chegaram a ir a mercado. Já em 2009, o volume registrado na autarquia foi de R$ 3,5 bilhões.
 Abs