quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Balanço da CEF 1º semestre de 2011

Informações do Press Release da Caixa no 1º semestre de 2011:
http://downloads.caixa.gov.br/_arquivos/caixa/caixa_demfinanc/Press_Release_1S11.pdf

Sobre a parte que nos interessa (imobilário):
"A carteira habitacional, com R$ 129,3 bilhões, apresentou evolução de 48,8% em relação a jun/10. Somente no primeiro trimestre, foram contratados R$ 34,7 bilhões."

"O índice de Basiléia encerrou o trimestre em 14,6%, superior ao mínimo de 11% exigido pelo Banco Central do Brasil."
Ressalva minha: no 1T2010 estava em 18,1%, vem caindo desde então.

"A carteira de crédito imobiliário alcançou saldo de R$ 129,3 bilhões em jun/11, valor 48,8% superior ao saldo apresentado em jun/10 e 19,4% maior do que o saldo de mar/11. Nesse segmento, a CAIXA possui participação de mercado de 74,98%.
No ano, o volume de contratações de habitação, PF e PJ, atingiu R$ 34,7 bilhões."
A CEF está com 3/4 de participação no crédito imobiliário (um quase-monopólio?). Há algum tempo atrás era 69% (de acordo com este gráfico, fig 7).

"A carteira imobiliária encerrou o 1S11 com 1,7% de seus créditos em situação de atraso."
(Vem caindo desde 2008.)

O saldo de provisões p/ cobertura de inadimplencia em imobiliário é de R$ 8,5 bi enquanto a inadimplência efetiva representou 2,2 bi, o que dá um índice de cobertura de 382% (pág 15), esse índice vem diminuindo.

A grosso modo (conta de padeiro) dá pra dizer que a inadimplencia pode aumentar 3,8x antes que dê m. (para o banco, claro). Se está em 1,7%, então poderia chegar a 6,5%, é claro que isso não acontece da noite pro dia, então eles iriam aumentando as provisões tb, conforme a inadimplência aumentasse (ou pelo menos é o que o bom senso diria para fazer).

Abs

4 comentários:

Frank disse...

pois é, a coisa vem tomando contornos de ajuste gradual.

é q a gente sempre disse por aqui: pra ocorrer uma correção brusca nos preços, só com crise braba.

sem crise braba, o cenário é de ajuste gradual de preços (caindo um pouco ou apenas perdendo da inflação) - mas o volume de negócios, esse sim deve dar uma estancada + violenta.

jose disse...

concordo Frank...

sem sacudida braba, acho que tudo se ajusta com queda real sem queda nominal... 2 anos parado aki eh mais de 10% de queda...

Lucas disse...

Os 5%, 10% que o pessoal está festejando por aí como indício do estouro, não é nada mais do que aquela margem de negociação que sempre existiu, só que agora está sendo anunciada. Continuando as atuais condições (sem crise tsunami) os preços tendem a se acomodar, a inflação corrói um pouco e logo teremos ao invés de preços elevadíssimos apenas preços elevados e que, por aí ficarão...
O mercado foi testado, os preços possíveis de venda na velocidade desejada são sabidos.

jose disse...

concordo 100%