quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Escassez de imóveis para alugar é a maior em 10 anos

http://estadao.br.msn.com/economia/escassez-de-im%C3%B3veis-para-alugar-%C3%A9-a-maior-em-10-anos

A forte procura por imóveis residenciais e comerciais para alugar fez a taxa de vacância recuar para o menor nível dos últimos dez anos em 2011 e o valor do aluguel explodiu. Os imóveis mais procurados no mercado de locação residencial são apartamentos de um e dois dormitórios. No segmento comercial, áreas para escritórios no Itaim, em São Paulo, e no Leblon, Rio de Janeiro, são as mais cobiçadas.
Atualmente, o aluguel de escritório no Rio já supera o de Nova York afirma a gerente de pesquisa da Cushman & Wakefield South America, Mariana Mokayad Hanania. Uma pesquisa feita pela empresa mostra que o valor do aluguel do metro quadrado no polo de escritórios no Rio, que inclui a zona sul, centro e orla, é de US$ 69,4. Em Nova York, na região de Midtown, próxima do Central Park, US$ 62,6.
O terceiro lugar desse ranking das regiões com aluguel comercial mais alto, à frente de Washington, também é ocupado pelo Brasil. Só que pelo polo de escritórios de São Paulo, que inclui áreas nobres como Paulista, Jardins, Faria Lima, Chácara Santo Antônio, entre outras. Nessa região, o preço do metro quadrado está em US$ 60,3.
Segundo Mariana, fazia tempo que São Paulo não tinha elevação tão forte no preço dos aluguéis de escritórios; fenômeno frequente no Rio porque a oferta de escritórios é restrita. O preço médio do aluguel do metro quadrado de edifícios classe A no principal polo de escritórios de São Paulo, que inclui Paulista, Jardins, Faria Lima, Itaim, Vila Olímpia, Berrini, Chácara Santo Antônio e Marginal Pinheiros, atingiu R$ 111,8, no terceiro trimestre de 2011. A alta é de 22,6% em relação a igual período de 2010 e de 4,3% ante o segundo trimestre de 2011.
O preço médio mais elevado do metro quadrado de escritórios classe A em São Paulo é o da Faria Lima (R$ 146,3) e o índice de vacância mais baixo é o do Itaim (0,9%), aponta a pesquisa da Cushman & Wakefield.
'Hoje a taxa de vacância atingiu o recorde de baixa em todos segmentos', diz Roberto Perroni, presidente da Cyrela Commercial Properties (CCP), especializada em escritórios, shoppings e galpões. No caso de escritórios, ele cita a taxa média de vacância, que leva em conta os imóveis vagos em relação ao total de imóveis alugados ou não, calculada pela CB Richard Ellis. Em São Paulo, esse índice médio foi de 4,2% no terceiro trimestre de 2011 e de 3,1% no Rio.
Também em shoppings há escassez de lojas para locação. Pesquisa nacional da Associação Brasileira de Shopping Centers mostra que a taxa de vacância chegou a 3,7% em setembro de 2011, um dos resultados mais baixos dos últimos 12 meses. Em dois shoppings da CCP, que serão entregues em 2013, mais de 70% das lojas já estão alugadas.
Supermercado
Na opinião do consultor de locação do Secovi, o Sindicato da Habitação, Cícero Yagi, o principal fator que elevou o preço do aluguel e fez recuar a taxa de vacância foi o descompasso entre a oferta para locação muito abaixo da demanda.
No caso dos escritórios, Yagi conta que contratos novos estão sendo fechados com reajuste de 30%, superando de longe a inflação, que fechou 2011em 6,5%, de acordo com o IPCA, e em 5,1%, segundo o IGP-M. Perroni, da CCP, chegou, nos últimos meses, a obter alta de 45% no preço dos aluguéis por ocasião de revisões que acontecem a cada três anos em contratos antigos.
Nos imóveis residenciais com um e dois dormitórios, os aumentos também são fortes e beiram a 20%, para novos contratos. A taxa de vacância é de 10%, considerada baixa. A vacância normal oscila entre 15% e 20%.
Mas, ao que tudo indica, esse quadro mais apertado entre demanda e oferta de imóveis para alugar deve ter um certo alívio neste ano para o segmento de escritórios, prevê Yagi. Com a oferta prevista de 300 a 400 mil metros quadrados novos de áreas de escritórios em São Paulo por ano a partir de 2012, deve ocorrer uma subida na taxa de vacância. Já no segmento residencial, o consultor acredita que o aumento da oferta não será suficiente para conter os aluguéis no curto prazo.

Abs

7 comentários:

Kássia Tavares disse...

http://www.skyscrapercity.com/showpost.php?p=87452068&postcount=2917

Me disse...

Tá foda... Tá foda...

Me disse...

A quem possa interessar:

Aluguei no final de 2007 este apto por R$ 14,00 o m2. Agora o valor é 60. O menor valor aceito na negociação foi 50. Ou seja: se fosse um apartamento de 40 m2 que 4 anos atrás era alugado por R$ 560,00, agora seria por no mínimo R$ 2.000,00. E não, não falo de nenhum bairro AAA (Leblon, Lagoa, Urca, Jardim Botânico, Gávea…).

Atualmente estou vendo as possibilidades de mudar-me para um apartamento menor e nos mesmos arredores, próximo a onde trabalho. Não tenho encontrado por valor menor do que 50,00 m2. E os aluguéis somem rápido. Saiu uma matéria (uns dirão que é comprada) sobre como falta aluguéis no Rio como nunca faltou em 10 anos.

http://estadao.br.msn.com/economia/escassez-de-im%C3%B3veis-para-alugar-%C3%A9-a-maior-em-10-anos

Não me surpreende. Visitei um apartamento de 15m2 (sim, escrevi certo) em um andar baixo fedendo a gato e o valor era 700. Haviam umas 8 pessoas vendo mais cedo, segundo o rapaz que estava lá. Em outro,andar térreo de frente pra uma avenida, 25 m2 em mal estado sairia por 900. Cheguei um pouco mais cedo para vê-lo, e assim que saí, já chegava outra pessoa para visitá-lo.

Cheguei a pensar em alugar uma suíte em residência, mas parece que a cidade onde nasci foi feita de malandro para malandro. Os valores são os mesmos de um aluguel, e mentem endereços nos anúncios, as fotos são diferentes, fazem exigências que parecem forçar que o sujeito fique o mínimo tempo possível dentro de casa. Desanimador.

Minha atual posição é ir pra uma região mais barata mesmo, que não fique muito longe do trabalho. Mas já considero com muita seriedade me mudar pra São Paulo. O principal motivo pra escolher essa cidade é minha profissão, mais adequada a grandes centros urbanos (onde ha mais trabalho e melhores salários). Associado a isso, está minha impressão de que, na prática, o custo de vida é mais baixo. Por “na prática” quero dizer que, embora algumas coisas de fato tenham valor superior, o retorno é proporcionalmente maior.

Na verdade falo pelas impressões dos outros, porque metrô, taxi, e alguma coisa de gastronomia foram as únicas coisas que vi de fato mais caras que aqui no Rio. Sempre que paguei por algo mais caro em Sampa do que no Rio, recebi algo proporcionalmente de qualidade muito superior. Mas enfim, essas duvidas pretendo aboli-las em breve. Vou compensar algumas horinhas extras do trabalho e farei um passeio por lá durante a semana, uma “pesquisa de campo” pra ver como seria morar por lá e ver se de fato estou pensando besteira ou não. Aceito sugestões. A parte do “more perto do metrô” eu já sei.

No Rio todos ficaram rico, menos eu.

Me disse...

http://noticias.r7.com/economia/noticias/alta-dos-alugueis-aumenta-devolucao-de-imoveis-20120115.html

"A renda das pessoas aumenta e as pessoas procuram melhores condições de moradia. Muita gente que morava com familiares ou amigos, com o aumento da renda, prefere arrumar um imóvel para si."

"O aluguel que há cinco anos representava 0,5% do valor do imóvel [por mês], hoje, dependendo do imóvel e da localização, consegue-se até 1,2% do valor do imóvel."

Thoughts?

Andre disse...

Me,
já avaliou a possibilidade de mudar pro interior? Macaé por ex. tem um bom mercado pra TI (salarios compativeis c/ o Rio) e um custo de vida (imóveis) bem menor.

Petrobras e correlatas sempre demandam mao de obra especializada pois o pessoal local é pouco e/ou tem má formação e é dificil atrair gente de fora (a cidade tem fama de péssimo lazer).

Sei lá, é só uma idéia, talvez seja uma alternativa menos radical que sampa.

Abs.

Frank disse...

"O aluguel que há cinco anos representava 0,5% do valor do imóvel [por mês], hoje, dependendo do imóvel e da localização, consegue-se até 1,2% do valor do imóvel."

estranho.

o q se tem visto é o contrário, p/: a alta dos aluguéis ficou abaixo da alta no $ dos imóveis, de modo q essa relação percentual se reduziu para 0,2~0,3%.

talvez vc fale na relação para imóvel comercial...

Me disse...

Boa idéia, Andre. Vou dar uma olhada sim.