sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Brasileiros movimentando mercados imobiliários pelo mundo

Dica do blog Canal da Casa, outras fontes aqui e aqui. Destaquei umas partes interessantes:

Wikipedia: Downtown Miami skyline as seen from South Beach
Patrimônio em imóveis
Correio Braziliense - 24/08/2011
Em 2010, brasileiros compraram US$ 800 milhões em moradias, sobretudo em Miami


Nas viagens para os exterior, os brasileiros estão comprando muito mais do que roupas e eletrônicos. Levantamento realizado pelo Banco Central mostra que o objeto de desejo do momento passou a ser um imóvel em solo estrangeiro. A procura por casas e apartamentos ganhou força depois do estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos, em 2008.
E cresceu com tudo entre 2009 e 2010. Nesse período, o patrimônio imobiliário espalhado pelo mundo passou de US$ 448 milhões para US$ 1,248 bilhãoum salto de US$ 800 milhões ou de 178%. Entre os atrativos para tamanho salto está o preço. Em Miami, onde se concentra boa parte das moradias de posse dos brasileiros, o quadrado está mais barato do que na Asa Sul e Noroeste, bairros de Brasília, e do que no Leblon e em Ipanema, no Rio de Janeiro.

Nas contas da Fortune International Realty, é possível encontrar um bom apartamento com o metro quadrado a R$ 4,8 mil (US$ 3 mil) em Miami, o mesmo valor de Águas Claras, onde se concentra a classe média da capital federal. "Os bancos dos Estados Unidos estão liquidando a carteira de imóveis que conseguiram recuperar de norte-americanos inadimplentes. Casas e apartamentos estão sendo vendidos por valores muito baixos", disse Alcides Leite, professor de economia da Trevisan Escola de Negócios. Além disso, as taxas de juros oferecidas pelos sistema financeiro são melhores do que no Brasil.
Toscana e França
Até o ano passado, 25% de todas as compras de imóveis novos e usados em Miami eram realizadas por brasileiros. Neste ano, o percentual já está próximo de 45%. Em alguns prédios, 70% dos proprietários são originários do Brasil. Quando o Banco Lehman Brothers quebrou, em 15 de setembro de 2008, pelo menos 20 mil casas e apartamentos novos estavam à venda em Miami. Diante do estrago na economia norte-americana, acreditava-se que esse estoque levaria pelo menos 10 anos para ser zerado. Com a disposição dos brasileiros em ter moradias naquele balneário, o volume de empreendimentos se resume, hoje, a três mil.
De acordo com dados da Miami Association Realtor, do Departamento de Comércio dos Estados Unidos e da embaixada norte-americana no Brasil, 74% dos corretores da cidade norte-americana trabalharam com clientes internacionais, sendo 83% deles estrangeiros. Os países que mais tem compradores interessados por imóveis são Canadá, Brasil, Argentina, Colômbia, França e México. No acumulado de 12 meses até março, o mercado imobiliário norte-americano havia movimentado US$ 1,07 trilhão, desse total, as vendas para estrangeiros somam US$ 41 bilhões. Os brasileiros também estão comprando fazendas, casas e apartamentos na Europa, sobretudo na região da Toscana, na Itália, e no Sul da França. Todos com preços menores do que no país. (VM)
Abs

2 comentários:

Anônimo disse...

Curioso, com a bolha estourada lá, a salvação do mercado são os estrangeiros, ou seja, mesmo na pechincha ainda deve estar caro para o americano que precisa de casa própria e possivelmente esteja desempregado agora.

Anônimo disse...

Sobre os preços brasileiros penso no seguinte: guarde os dados, nossos impostos beiram 40% do PIB contra 15% do PIB (americano) e o real (dizem alguns analistas) está sobrevalorizado em 40% (ou o dólar está artificialmente baixo em 40%) , e o m2 em São Paulo custa em média R$ 6.200,00.
Se eu descontar a diferença de carga tributária: R$ 6200,00 – R$ 1.550,00 => R$ 4.650,00, se descontar a o câmbio dito artificial: R$ 4.650,00 – R$ 1860,00=> R$ 2.790,00. Daí concluo que se o dólar estivesse onde normalmente estava e se a nossa carga tributária fosse uma carga americana nossos preços comparativamente falando seriam bastante atrativos.